segunda-feira, 14 de julho de 2008

De recitar gripado

Come couve cavalinho
Come couve
Come couve cavalinho
Come come
Prostituta de teu lombo suado
Come couve
Come couve cavalinho
Come come
Come couve come come
Come couve cavalinho
Come come come come
Come couve come come
Come couve cavalinho

Hai-cai (de) clinação


Mar infinito

Eternamente infinitivo

Chuá, chuáá....

Casaco de enti querido

Depois de morto
ganha o sujeito compreensão
assim só depois de morto
desce-se as profundezas do finado

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Roque maior

Cada época
ergue suas torres
a divindade que lhes cabe.
− Dobram os sinos!
mas a sina deste tempo
é nas antenas ter torres
... e emitem sinais ...
− Dobram os sinos.
Nos ferros finos
(Objeto Abjeto)
formam-se afim os canais
escorrem, correm e sem
olhar adiante ou atrás
o vento vai, leva e traz.
Dobram os sinos,
das seis, das doze
das dores, da igreja do cais
canta-se hinos, dobram-se os finos
dobram os sinos
de noite, de dia e de mais

Pra onde?

O bicho-do-pé andô
O bicho-do-pé cocô-cocorocô

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Fragata

Se pudesse dizer o que vejo
Diria!
Vejo duas janelas e uma divisão,
uma o discurso
outra intuição;
Cético com vontade,
verdade não há verdade,
semântico sem razão.
Sintaxe sem um léxico,
léxico sem um nexo,
nexo sem padrão.
Aí o bosta... morte ao papel
eucalípto com leite condençado.